diagnóstico económico financeiro

Sabe qual a importância do Diagnóstico Económico e Financeiro para a sua Empresa?

O diagnóstico económico e financeiro de uma empresa assume grande relevância num contexto empresarial cada vez mais competitivo volátil.

A análise de indicadores económicos e financeiros abre caminho para a tomada de decisões, sejam de carácter operacional, de investimento ou de financiamento, por parte dos empresários para as suas empresas.

A razão pela qual é necessário uma análise completa da situação económica e financeira prende-se com o facto de lhe proporcionar uma visão realista do desenvolvimento do seu negócio, permitindo diagnosticar e atuar em tempo útil e devidamente informado para projetar o futuro.

Os seus serviços de contabilidade providenciam-lhe condições para que saiba mensalmente a realidade do seu negócio?

Eis algumas questões a que deve estar atento para tomar as melhores decisões na Gestão da sua Empresa.

 

A necessidade da Análise Económica e Financeira

Permite criar um sentido acionável à gestão da sua empresa.

Por outras palavras, o ciclo positivo criado à volta do diagnóstico, prognóstico e ação orienta a sua empresa para melhorar continuamente o seu desempenho.

Você, enquanto gestor, é “alimentado” por informação relevante que servirá para auxiliar os seus processos de tomada de decisão.

Neste sentido é importante relevar a importância do seu contabilista certificado neste processo. Não só porque se faz uso das peças contabilísticas (por exemplo, Balanço, Demonstrações de Resultados e Demonstração de Fluxos de Caixa) assim como de outro tipo de informação interna, como também através do reporting em que é feito a análise à área financeira, área económica, análise de risco, perspetivas da evolução da empresa e recomendações sobre o que pode/deve fazer (medidas corretivas/melhoria contínua).

Importância do contabilista: análise das contas da empresa de 2, 3 anos e acompanhar continuamente (mensalmente) com um bom reporting ao gestor.

 

Quais as questões que o Diagnóstico Económico e Financeiro poderá dar resposta?

Podemos abordar este tema sobre a perspetiva do conjunto de questões principais às quais devemos providenciar resposta, passando para um conjunto de questões complementares, com maior especificidade/detalhe que justificam e reforçam o entendimento das anteriores.

Esta abordagem vai permitir concluir sobre o conhecimento do estado da situação económica e financeira da sua empresa, de modo a permitir uma gestão mais eficiente dos seus recursos.

Deve, contudo, haver um padrão para considerar um nível de comportamento dito “normal” tendo em conta determinados indicadores e representando o desempenho normal da empresa.

 

Como tem evoluído a situação financeira e económica da empresa?

Resumidamente, procuramos respostas que ajudem a concluir aspetos relacionados com o progresso da empresa, seja do ponto de vista de rentabilidade ou se a empresa dispõe de equilíbrio financeiro para manter a sua atividade. No fundo, aferir se as perspetivas de futuro relacionadas com a evolução da empresa são satisfatórias sobre diversos pontos de vista: seja na perspetiva de gestor, sócios/acionistas, seja enquanto entidade externa (por exemplo entidades bancárias, etc).

O seu banco está sempre atento à evolução dos rácios da sua empresa.

 

Quais os pontos fortes e fracos da empresa do ponto de vista económico e financeiro?

É inevitável, as empresas tanto têm aspetos positivos como aspetos negativos. Todos devem estar devidamente identificados.

Desta forma, não só perspetivamos a nossa linha de atuação tendo em vista melhoria contínua, como também podemos orientar as nossas decisões para medidas corretivas uma vez que aspetos negativos podem impedir o crescimento da empresa face ao desejável/projetado.

 

A empresa corre o risco de insolvência (e posterior falência)?

Procedendo à análise das demonstrações financeiras da empresa, é necessário considerar as evidências que podem por em causa a capacidade da empresa em cumprir com as suas obrigações. A insolvência (e consequência falência) da empresa não ocorre num momento específico. Existem antes contextos internos e externos que se traduzem em sinais que indicam o agravamento da situação económica e financeira da empresa.

Más decisões de gestão, estão na origem da maioria dos processos de insolvência das empresas.

 

A análise dos indicadores económicos e financeiros da empresa procura ajudar na resposta às questões anteriores.

Com maior detalhe, podemos começar a formular outro tipo de questões e aprofundar o diagnóstico económico e financeiro da empresa. As respostas às questões podem dar lugar a novas questões. Tudo em prol de mais e melhor conhecimento da empresa. Por exemplo:

 

Quais as fontes de financiamento da empresa?

Por outras palavras, procura-se respostas para saber como é que a empresa está a ser financiada.

  • Qual a estrutura financeira da empresa?
  • A empresa é financiada por capitais próprios ou capital alheio?
  • Qual o peso do endividamento de curto e médio/longo prazo?

 

A empresa está financeiramente equilibrada?

Ou seja, é importante aferir a saúde da tesouraria da empresa. O que pode ser feito para melhorar a gestão de tesouraria da empresa?

  • Quais as  necessidades de fundo maneio?
  • São superiores ao fundo de maneiro?

 

A capacidade de reembolso da empresa está afetada?

Procura-se saber se a empresa gera cash flow para fazer face aos seus compromissos em cada período.

É importante que o cash flow seja superior às responsabilidades. Por exemplo: é superior em relação ao serviço de dívida?

Se o cash flow for inferior, o que podemos fazer?

  • Que aspetos relacionados com rentabilidade podem ser revistos?
  • E do ponto de vista financeiro?

 

A política de financiamento é consistente com a estratégia e com o risco da empresa?

Qual a estratégia financeira da empresa?

Por outras palavras, a estratégia financeira da empresa está a ter em conta o risco da empresa (risco financeiro e risco económico)?

A estratégia deve procurar minimizar o risco para evitar que a empresa caia numa situação de insolvência.

 

A gestão do ciclo financeiro de exploração da empresa é eficiente?

Existe equilíbrio entre os prazos de pagamento e recebimento? O que pode ser melhorado para que a empresa beneficie de uma redução do ciclo de exploração?

 

A empresa é viável economicamente (tem resultados operacionais positivos)?

Pode acontecer que a empresa tenha exercícios com resultados de exploração positivos, outros negativos.

O que pode ser feito para melhorar a rentabilidade da empresa de forma sistemática?

 

A empresa está sujeita à volatilidade de resultados extraordinários?

Qual a frequência de eventos esporádicos que “salvam” o ano da empresa?

  • É sistemático?
  • “Camuflam” resultados negativos?

A empresa não deve continuamente atuar neste contexto.

Que medidas podem ser tomadas para que a empresa atue recorrentemente acima do ponto critico? Em que áreas?

É obrigatório esta reflexão e podem ser dadas recomendações para melhorar.

 

Que % dos resultados operacionais é absorvidos pelo custo da dívida (encargos financeiros)?

Esta % está em níveis aceitáveis? O que pode ser feito para melhorar?

  • Medidas para reduzir endividamento?  – Quais?
  • Medidas para aumentar rentabilidade – Quais?

 

Qual o ponto crítico das vendas?

O ponto crítico informa o empresário sobre qual a faturação mínima necessária para cobrir os custos totais (fixos e variáveis).

Podemos reduzir o ponto crítico? Como?

  • Reduzindo Custos Fixos?
  • Aumentando Margens?
  • Aumentando Vendas?

Será que alguma(s) destas medidas possibilita(m) a redução do ponto crítico? Qual/Quais?

 

Qual a margem de segurança da empresa?

A Margem de Segurança mostra qual o volume de vendas acima do ponto crítico.

Quanto maior for a margem de segurança da empresa menor é o risco de atividade. Este é um indicador muito importante sobre o risco de atividade da empresa.

Indicador importante para análise por parte das entidades externas (p.e. banca) mas também para os gestores para avaliação do risco da empresa.

 

Que medidas podem ser tomadas? Estes aspetos depois de analisados servem para formular opiniões e planos de ação sobre o que a empresa pode e deve fazer.

 

A empresa tem volume de negócios suficiente para gerar lucro?

Uma empresa com risco financeiro elevado (ou gradualmente a aumentar) a montante irá ter problemas. Por exemplo, ao nível da relação com entidades bancárias, pode-se traduzir numa maior dificuldade em obter apoio.

  • Quais os riscos de negócio e os riscos financeiros que podem afetar o equilíbrio da empresa?
  • Ou seja, para diminuir os riscos de negócio e riscos financeiros, o que pode ser feito?

O seu contabilista pode aconselhá-lo nestas áreas de forma a que possa tomar medidas preventivas.

 

A rentabilidade dos capitais próprios da empresa é adequada?

É fundamental comparar a rentabilidade dos capitais próprios com o custo do capital.

  • Quais os aspetos que podem influenciar a rentabilidade dos capitais próprios?
  • Quanto se paga em média pelo capital emprestado?
  • Qual a rentabilidade do negócio?
  • Será que a taxa de juro que é paga a entidades bancárias é maior que a rentabilidade do negócio? Contextualizando, se se pede empréstimo bancário à taxa de 7% e a rentabilidade de negócio é de 5%, este aspeto vai afetar a remuneração dos capitais próprios da empresa?

 

A atividade operacional da empresa está a contribuir de forma eficiente para criar riqueza/gerar valor?

É necessário uma análise com uma logica de evolução temporal de forma a termos possibilidade de comparação e, caso necessário, tomar medidas corretivas.

  • Qual a evolução das margens?
  • Qual a evolução da estrutura dos custos? Ao longo do tempo qual a evolução da estrutura dos custos fixos e custos variáveis?
  • Qual a eficiência da utilização dos capitais? Qual a rotação do ativo? No fundo está relacionado com os prazos de funcionamento da empresa, ou seja, prazos de stocks, pagamento e recebimentos.

 

O financiamento tem melhorado a rentabilidade dos acionistas?

É importante analisar a rentabilidade operacional comparativamente ao custo da dívida. Se é solicitado empréstimo à taxa de 3% e se o mesmo é aplicado num negócio com rentabilidade de 10%, significa que se está a ajudar crescer o negócio “pedindo” dinheiro emprestado obtendo retorno superior.

Este é um cenário desejável, desde que não se crie cenários de excesso de endividamento.

Existe necessidade de controlar o nível de endividamento.

 

Que implicações tem o crescimento da empresa tendo em conta a estratégia financeira?

O crescimento sustentável da empresa pode-se definir como sendo aquele que, além do crescimento do volume de negócios, se traduz numa melhoria da rentabilidade.

É importante que não se confunda aumento da faturação com o crescimento da empresa propriamente dito. Por exemplo, o “crescimento” da empresa pode implicar mais dinheiro empatado em stocks, mais crédito, mais dívida, não sendo normal que a empresa cresça com o endividamento a crescer mais que proporcional em relação aos resultados (crescimento pouco saudável).

Caso este cenário aconteça, devem ser aconselhadas e tomadas algumas medidas corretivas.

 

Conclusão

Conforme referido anteriormente, há um conjunto de rotinas que permite, mediante a leitura das contas da empresa, analisar um conjunto de indicadores chave de desempenho.

Clarificando o desempenho passado e presente da empresa permite criar uma visão de  futuro, sendo que, o instrumento indispensável para todo este processo é precisamente a análise e o diagnóstico económico e financeiro.

À medida que vamos formulando um conjunto de questões indispensáveis ao melhor conhecimento da empresa, as respostas que obtemos facultam argumentos suficientes para uso interno por parte do gestor, ou para expor aconselhamento no caso de contabilista certificado, para que possam ser tomadas medidas corretivas se necessário.

A Análise Económica e Financeira efetuada continuamente permite ser direcionada para diferentes objetivos. Por um lado, para o diagnóstico económico e financeiro da empresa como já foi amplamente abordado nesta publicação, por outro, para medir o desempenho (abordagem global vs. individualizada), para melhorar a relação com os parceiros do setor bancário ou com investidores externos. Estão são somente alguns exemplos.

Ter do seu lado uma empresa de contabilidade que é assídua na entrega de resultados (relatórios) afeta positivamente a análise de desempenho da sua empresa.