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declínio da empresa

Conhece as quatro etapas que evidenciam o declínio da atividade de uma empresa?

O decréscimo da performance do negócio como identificativo de uma tendência pode sugerir o declínio da empresa.

Este declive pode ser consequência da falha no reconhecimento ou na antecipação de pressões, sejam elas internas ou externas, que ameaçam a viabilidade da empresa no longo prazo.

As falhas podem ocorrer quer ao nível da gestão de riscos quer ao nível da adaptação a novos contextos.

Do ponto de vista da gestão, o declínio do desempenho da empresa pode conferir mais risco. Um maior ponderador de risco global da empresa, seja ele impulsionado por maior risco financeiro ou económico (ou ambos), pode significar um incremento do risco de falência.

Caso a empresa não seja capaz de efetuar ao longo do tempo ajustamentos graduais direcionados para a minimização destes fatores de risco muito provavelmente no futuro deverá ser alvo de um processo de reestruturação.

O declínio da performance pode não ameaçar de imediato a viabilidade financeira da empresa mas seguramente que tem um impacto sério na sua competitividade.

 

As quatro etapas do enfraquecimento da empresa

Fase 1 – Estagnação

Esta fase pode prolongar-se no tempo e traduz-se por um desempenho aquém do esperado. A ausência de melhoria contínua, independentemente dos fatores que podem levar a desempenhos abaixo das projeções, traduzem-se na estagnação ou degradação de algum indicadores.

A assunção que estas pequenas quebras na performance possam ser passageiras, podem originar que não sejam tomadas quaisquer mudanças ou ajustamentos. É importante que não nos deixemos levar pelo sentimento de “negação” da crise e ignoremos os sinais de declínio.

Fase 2 – Fraco Desempenho

Aqui começam a ser evidentes as quebras nos mais diversos indicadores chave da empresa.

O aumento da performance das vendas, não significa que a performance global da empresa esteja a melhorar.

Uma monitorização plena dos indicadores de gestão da empresa apenas é efetuado se houverem rotinas que assim o permitam. Estas podem ser internas da própria empresa ou então, devidamente assessoradas pelos serviços de contabilidade através dos relatórios mensais (completos) que este lhe possa fornecer.

A falácia de olhar somente para para alguns indicadores em detrimento de uma visão holística da empresa podem enviesar a análise da performance da  empresa. Tomemos as vendas como um exemplo: o aumento da performance das vendas, não significa que a performance global da empresa esteja a melhorar.

Por outras palavras, o facto de batermos o recorde de faturação em determinado ano, não significa que a empresa seja mais rentável. Os custos fixos podem estar mais altos, as margens a diminuir, aumento do serviço de dívida, prazos de pagamento mais alargados por parte dos clientes, maior volume de stock, etc.

Estes são alguns exemplos de alerta que o devem sensibilizar para um maior controlo ao nível da gestão e monitorização da performance da sua empresa.

O exemplo das vendas serve apenas para evidenciar que não nos devemos apenas salvaguardar pela monitorização de indicadores “instantâneos“, ocultando desta forma sintomas de uma crise instalada.

Um comportamento típico é o reconhecimento da crise à distância e que a mesma desaparecerá não havendo necessidade de atuar.

Fase 3 – Desempenho Comprometido

Traduz-se no início da degradação da empresa e apesar de algumas medidas serem tomadas, a necessidade urgente de intervir é subestimada. Ou seja, pontualmente vai-se tomando medidas mas não se olha de uma forma profunda para a real situação da empresa.

Isto pode originar que uma empresa passe anos com sinais já por mais evidentes de crise sem que sejam tomadas medidas assertivas para reverter esse cenário. Ou seja, corre-se o risco de se perder o timing oportuno de atuar de forma a recuperar a empresa.

Fase 4 – Crise

Instala-se a incapacidade de atuar. O problema torna-se de tal forma generalizado que por vezes a reestruturação da empresa não se revela profícua.

 

Considerações Finais

A intervenção deve ser efetuada o mais rápido possível logo que haja sinais de degradação dos indicadores chave de performance da empresa. Para isso é muito importante que se saiba identificar os pontos chave de atuação.

Não esquecer que muitas vezes esses pontos chave de atuação são ocultados por alguns indicadores que estão a melhorar. Tome-se novamente o exemplo das vendas.

À medida que avançamos nas etapas do declínio da empresa avançamos também para um maior risco de falência e insolvência da empresa. Urge então não negligenciar as fases iniciais da identificação de declínio onde pode haver algum sentimento de negação e inoperância de forma a precaver o arrastamento da situação que se vai agravando ao longo do tempo para uma fase mais declarada, onde o desempenho comprometido pode levar a uma situação de crise irreversível.

Quanto mais rápido se atuar, maior é a probabilidade de prolongar a vitalidade da empresa.

Em suma, na origem das crises estão os fatores que impedem a longevidade das empresas. Entender esses fatores torna-se essencial para a sua sustentabilidade. Desta forma, identificadas as causas, há que agir para as combater com medidas corretivas.

A solidez financeira e operacional são fatores absolutamente críticos, mas muitas vezes pouco cuidados na sustentabilidade dos negócios e das empresas.

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